Carlos Rodrigues Brandão, autor deste
poema, discute como o homem no capitalismo não tem mais os meios de produção e por esse
motivo tem que vender sua força de trabalho para o capitalista.
Porém, devemos ressaltar duas
coisas: primeiro, com esse processo de produção inaugurado com a Revolução
Industrial, a produção de mercadorias não se restringiria mais a suprir as necessidades
humanas, mas foram criadas necessidades com o objetivo de produzir apenas mais mercadorias
e mais lucro. Segundo, o próprio trabalho realizado
pelo homem se tornaria uma mercadoria.
A importância da leitura desse
poema é que ele introduz conceitos como (mercadoria, força de trabalho, alienação entre outros) que estão presentes na obra de Karl
Marx (1818-1883) e por isso servem de introdução para aqueles que ainda não
tiveram nenhum contato com as obras do autor.
A última dica é que quando
ler a obra de Marx, procure uma boa tradução. O supermercado foi feito para
comprar mantimentos, não livros!
I
Essa é a trama da rede:
o tecido das trocas que fabricam
o pano de uma rede de dormir
enreda o corpo do homem na tarefa
de criar na máquina a rede com a mão.
A armadilha do trabalho em casa alheia
engole o homem e enovela todo o corpo
no fio no fuso na roda na teia
do maquinário da manufatura
que produz o seu produto: a rede
e reduz o corpo-operário à produção.
[...]
III
O corpo-bailarino que transforma
a coisa bruta em objeto
(a fibra em fio e o fio em pano)
e o objeto na mercadoria
(o pano pronto na rede e sua valia)
transforma o corpo do homem operário
em outro puro objeto de trabalho
pronta a fazer e refazer no fuso
aquilo de que a fábrica faz sua riqueza
de que, quem faz não se apropria.
[...]
VII
Sob a trama do trabalho em tear alheio
o corpo não possui seu próprio tempo
e é inútil que lhe bata um coração.
O relógio interior do operário
é o que existe na oficina, fora dele,
de onde controla o tear e o tecelão.
VIII
De longe o dono zela por quem faz:
pela força do homem que trabalha,
não pela vida do trabalhador.
Aqui não há lugar para o repouso
ainda que o produto do trabalho
seja uma rede de pano, de dormir
e que comprada serve ao sono e ao amor.
IX
Durante a flor da vida inteira
fazendo a mesma coisa e refazendo
uma operação simples de memória
o operário condena o próprio corpo
a ser tão automático e eficaz
que domine o gesto que o destrói.
A reprodução contínua, diária, igual
de um mesmo gesto repetido e limitado
todos os dias, sobre os mesmos passos,
ensina ao artesão regras de maestria
do trabalho que afinal então domina
através de saber sua ciência
com a sabedoria do corpo massacrado.
[...]
XI
Quem fia e enfia?
Quem carda e corta?
Quem tece e trança?
Quem toca e torce?
A moça o menino.
A velha o homem.
Eles são, artistas,
parte do trabalho coletivo
que faz a trama da rede
e a rede pronta:
o objeto bonito do descanso
que inventa a necessidade
da servidão do trabalho
do corpo produtivo.
XII
A dança ritmada desse corpo
de bailarino-operário de um ofício
de que o produto feito não é seu,
cria o servo de quem lhe paga aos sábados
Para o que sobra da vida de trabalho
do corpo de quem fez e não viveu.
O trabalho-pago, alheio e sempre o mesmo
obrigando o operário bailarino
à rotina de fazer sem possuir
torna-o, artista, servo do ardil
de entretecer panos e redes sem criar
e recriar-se servo sem saber.
[...]
XIV
Não conhece descanso o corpo na oficina.
Ele é parte das máquinas que move
e que movidas não sabem mais parar.
Os pés descalços prologam pedais
os braços são como alavancas
e as mão estendem pontas de um fio
que existe no fuso e no tear.
O trabalho do corpo é o objeto
que o homem vende ao dono todo o dia.
O corpo-livre pertence ao maquinário
que o homem converte no operário
de que reira o preço do sustento:
a comida a cama a casa o agasalho
o que mantém vivo o corpo e o seu trabalho.
Carlos Rodrigues Brandão
maldito seja o meu professor de sociologia
ResponderExcluirMaldito seja o meu professor de sociologia ²
ResponderExcluirMaldito seja o meu professor de sociologia ³
ResponderExcluirMaldito seja o meu professor de sociologia ²+²
Excluirfica queto ai, ce nem é professor
Excluirmaldito seja nossos professores de sociologia kkkkk
ExcluirBendito seja meu professor de sociologia por me fornecer esse conhecimento, apesar de pouco, já me agrega alguma coisa.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
Excluir"conhecimento" kj
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirsaaaaalve saaalve quebradas de guarulhos nao to aprendendo nada kkkkkkk
ResponderExcluirsaaaalve pattila
ResponderExcluirmaldito seja meu professor de sociologia #FeijãoFeijoada
ResponderExcluireaeeeeeeeeeeeeeeeeeee seus pto
ResponderExcluirbooa qbrada
ResponderExcluirtudo 2
o baguio chato!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirchato pakas msm, mais temos que estudar né, basta apenas nós nos colocarmos no lugar dos trabalhadores da época que entendemos melhor a situação deles e quão difícil era...
ResponderExcluirÉ MAS É não MAIS animal!
ExcluirDa sua época
Excluirtudo puta
ResponderExcluirO Nível hue hue hue,desses brasileiros é mais de 8000 mil.
ResponderExcluirmaldito seja o meu professor de socioligia
ResponderExcluirsociologia*
Excluirmaldita seja a beth
ResponderExcluirNão fala da beth kkkkkk
ExcluirNao fala da Beth, Beth fortalece
Excluira beth? beth fortalece
Excluirbaguio longo chato e demorado pooooooooorrrrrrraaaaa
ResponderExcluirrosa maria
ResponderExcluirQual é o entendimento do poema ?
ResponderExcluirBem dita seja minha professora de sociologia pois me ensina algo bom que preste para a minha formação e para conhecer coisas mais culturais...
ResponderExcluirBem dita??? Oiiiii???? Bendita*****
ExcluirVishh
Coitada da sua professora de português, filhão
Bem dita seja minha professora de sociologia pois me ensina algo bom que preste para a minha formação e para conhecer coisas mais culturais...
ResponderExcluirQual é a conclusão poema quebrada ? vou lê isso tudo nem fufu kk
ResponderExcluirme ajudou muito não gosto muito de sociologia,mais pra crescer na vida precisa de todos os conhecimentos.E EU AMOOOOOOOOOO FILOSOFIA.OBRIGADO AMORESSSSSS MIUUUUU
ResponderExcluirEste peoma fala da homem que não tem mais como produzir pra si para tirar o sustento e tem que vender sua força de trabalho para o capitalista...bom dia !!! #vivasociologia
ResponderExcluirEntendimento dos leitores do poemas que escreveram aqui... Os de 2015, eram do segundo ano do ensino médio, agora é mão de obra barata ou desempregados... Os de 2016, deveriam está pensando no vestibular, mas ainda estão desdenhando dos professores este ano... ano que vem se juntaram aos de 2015 no chão da fabrica... Bando de babaca...
ResponderExcluirOtario
ExcluirMaldita seja minha professora de sociologia
ResponderExcluirNem é doutrinação..
ResponderExcluirSé loooco tio, Maldita seja a professora Morta -_-
ResponderExcluirADOREIIIIIII ESTE POEMA GENTEN DO CEU MUINTO BON CEM PAVRALAS
ResponderExcluirESPRERO QUE TENHAM GOISTADO TUMBEM
alguém sabe qual seria o gênero textual e o publico alvo deste poema ? Me ajudaria muito se alguém respondesse.
ResponderExcluirIae suco,abacate jabulani
ResponderExcluirVai Lah fdp quem e ?
ExcluirSuper concordo
ResponderExcluirSuper concordo
ResponderExcluirDeus me livre da ignorância dos autores desses comentários acima. Nunca serão!
ResponderExcluirminha professora é uma comunista mesmo, só não posso ficar refutando as idéias falhas dela porque eu posso ser expulso... doutrinadora do @#$!
ResponderExcluirbando de filha da puta esses professor de sociologia malditos cornos
ResponderExcluirUma merda
ExcluirAlienação enquanto trabalhadores, produzem riquezas a quem não conhecem, aumentam a concentração de renda para poucos nestes sistema capitalista e nem percebem. o poema trata disso e também da alienação do trabalhador segundo Karl Mark. A Sociologia serve para que você conheça os fatos na sociedade em que vive, para que vocE tenha seu próprio conhecimento fora do senso comum, mas com um olhar mais crítico, e esta crítica só vem com o conhecimento. a sociologia serve para que sai da alientação. Telma
ResponderExcluirSALVE QUEBRADAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
ResponderExcluir